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Poda de Árvores

Atualizado: 25 de jun. de 2020



A poda de árvores é a retirada de um ou mais ramos e é uma das práticas mais importantes na manutenção de árvores urbanas. Se for bem conduzida, pode reduzir danos causados por vento, ataques de insetos, problemas de doenças e melhorar a arquitetura da copa. Seu principal objetivo é eliminar potenciais riscos de danos físicos e/ou materiais.


As árvores bem podadas são mais atraentes, saudáveis e vivem mais tempo do que as árvores não podadas ou mal podadas.


A remoção imediata de ramos quebrados ou mortos é um exemplo da prevenção de problemas futuros por meio da poda. No entanto, esta prática deve ser feita somente quando existe uma boa razão para isso porque se trata de uma agressão severa.

As três principais razões para se fazer a poda são:


1. Poda de formação


Realizadas para melhorar a aparência ou valor estético. As árvores são podadas desde muito jovens para desenvolver a forma desejada. Pode incluir a remoção de galhos mortos, danificados ou fracos, para melhorar a aparência da copa. Ainda, a remoção de alguns ramos laterais ou terminais pode restaurar ou reparar o equilíbrio da copa

2. Poda de manutenção ou limpeza


Realizada para manter a árvore saudável e evitar problemas futuros.

Consiste da remoção de ramos quebrados por ação de intempéries, secos, enfraquecidos ou doentes.


Danos sérios podem ser evitados podando-se os galhos e ramos desnecessários para que o ar passe mais facilmente através da copa. A melhor aeração pode reduzir o desenvolvimento de doenças fúngicas nas folhas e no tronco. Deve-se remover ainda ramos epícórmicos, sobrepostos (com lesões crônica), que caracterizem PONTOS-DE-QUEBRAS.

3. Poda de livramento


Realizada para manter a segurança da população e de bens materiais. Consiste na remoção conflitando com equipamentos urbanos, como postes de energia, placas de sinalização vária, fiações diversas ou ainda com edificações adjacentes.


Deve-se ressaltar que a poda de ramos próximos às redes primárias de energia devem ser feitas exclusivamente por equipes treinadas das concessionárias de energia.

QUANDO FAZER A PODA DE ÁVORES?


A época ideal de poda varia com o padrão de repouso de cada espécie. Nas espécies utilizadas na arborização urbana, podem ser reconhecidos três diferentes padrões de repouso:

1. Espécies com repouso real


São espécies decíduas que entram em repouso após a perda das folhas. A melhor época para a poda é compreendida entre o início do período vegetativo e o início do florescimento. A época em que a poda mostra-se mais prejudicial à planta é compreendida entre o período de pleno florescimento e o de frutificação.

2. Espécies com repouso falso


São espécies caducifólias que não entram em repouso após a perda das folhas. Para essas espécies, a melhor época para a poda é compreendida entre o final do florescimento e o início do período vegetativo. A época em que a poda se mostra mais prejudicial à planta é compreendida entre o período de repouso e o de pleno florescimento. Nas situações em que se queira coletar frutos ou sementes, a poda pode ser postergada para o final da frutificação sem grandes prejuízos para as espécies que apresentam este padrão de repouso.

3. Espécies sem repouso aparente (ou de folhagem permanente)


São espécies perenifólias, que apresentam manifestações externas de repouso de difícil observação. Para essas espécies, a melhor época para a poda é compreendida entre o final do florescimento e o início da frutificação. A época em que a poda se mostra mais prejudicial à planta é a compreendida entre o período de repouso e o início do período vegetativo.

PODA DE RAÍZES

O afloramento de raízes, nas situações em que não é uma característica da espécie, é motivado pela redução da aeração da camada superficial do solo, quer pela impermeabilização ou compactação do solo, quer pela existência de lençol freático alto, entre outros motivos.


A poda de raiz tem sido empregada para solucionar os transtornos causados pelo afloramento de raízes. No entanto, esta prática deve ser evitada na arborização urbana, principalmente por comprometer a estabilidade da árvore, além de diminuir a absorção de água e sais minerais, e criar uma área de contaminação que poderá, mais tarde, comprometer toda a estrutura da base da árvore.


Deve-se ressaltar que 90% das raízes se encontram na camada de 80cm de solo logo abaixo da superfície, e o diâmetro de todo o sistema radicular pode ser de 1 a 6 vezes o diâmetro da copa, dependendo da espécie.


O emprego de espécies adequadas ao local de plantio, a criação de áreas de canteiro de 2 a 3 m² (de acordo com o porte da árvore) e a preparação de um berço de plantio amplo (0,60 x 0,60 x 0,60 cm), que permita à árvore um bom enraizamento, são medidas que evitam a poda de raiz.


Quando inevitável, a poda de raiz, pelo risco que representa, deve ser aplicada com muito critério, sempre acompanhada por um profissional habilitado e observando algumas recomendações básicas:

  • Evitar o corte de raízes grossas (com diâmetro entre 10mm e 20mm) e raízes fortes (com diâmetro superior a 20mm). Quanto maior o diâmetro da raiz, mais lenta a regeneração e maior o comprometimento da estabilidade;

  • Não eliminar raízes ao redor de toda árvore. Quanto maior a quantidade de raízes eliminadas, maior o comprometimento da estabilidade;

  • Não realizar corte de raízes próximo ao tronco. O corte deve ser realizado a uma distância mínima de 2 metros do tronco da árvore;

  • Expor a raiz que será cortada. Antes de realizar o corte, deve ser aberta uma valeta, manual e cuidadosamente, para expor a raiz e permitir a realização de um corte liso, sem danos a quaisquer de suas partes;

  • Não realizar o corte de raízes com ferramentas de impacto (facão, machado, etc.). O corte de raízes deve ser realizado com serra bem afiada, sendo o primeiro corte na extremidade próxima à árvore e o segundo na outra extremidade;

  • Proteger as raízes e o solo do ressecamento.

AVALIAÇÃO DO RISCO DE QUEDA

Uma árvore sob risco é aquela que apresenta defeitos estruturais suscetíveis de causar a ruptura de uma de suas partes ou a sua queda por inteiro, e que poderia atingir um alvo. O risco é normalmente expresso em termos de fontes de risco, eventos potenciais, suas consequências e suas probabilidades.

Atributos para avaliação de risco de árvores:

1. Análise do alvo


A análise do alvo deve ser realizada na avaliação de risco de acidente. Se houver risco para as pessoas, animais, bens patrimoniais ou elementos de infraestrutura, as características da árvore, a sua permanência e a sua remoção da zona de risco devem ser consideradas.

2. Avaliação do entorno


As principais seguintes condições que podem estar relacionadas ao risco de queda das árvores são: aspectos físicos, químicos e biológicos do solo; inclinação do solo e posicionamento da árvore; infiltração de água e estabilidade do solo; velocidade de vento no local ou região; Índice pluviométrico; Pavimentação; Histórico do local, como ocorrências de quedas de árvores, reformas, movimentação de solo, área alagadiça e outras alterações.

3. Avaliação visual


Deve conter, principalmente, o seguinte:

  • Estado geral da árvore, informando: o vigor da copa (fenologia); se a árvore está morta ou em declínio;

  • Sistema radicular visível, incluindo: espaço disponível para o sistema radicular em relação ao porte da árvore; raízes dobradas e/ou enoveladas; podas ou apodrecimento de raízes; exposição de raízes por erosão ou compactação de solo

  • Colo: soterrado; com rachaduras; injúrias ou cancros ou biodeterioração;

  • Tronco: inclinação; rachaduras; injúrias ou biodeterioração, principalmente presença de ganodermas e de cavidades.

  • Copa em desequilíbrio (descaracterização da arquitetura e do centro de gravidade original do exemplar): casca inclusa; galhos com ferimentos ou podres; galhos quebrados ou pendentes; excesso de ramos epícórmicos; forquilhas com biodeterioração; podas antigas com podridão.

  • Aspectos fitossanitários gerais: presença de ganodermas; insetos xilófagos; cupins xilófagos; brocas de madeira etc.

4. Avaliação com equipamentos

Sondas, penetrógrafos e tomógrafos possibilitam um diagnóstico mais preciso, principalmente em casos de árvores com cavidades e/ou com biodeterioração avançada.

O relatório de avaliação de risco deve conter: identificação e localização das árvores especificadas, histórico do local, análise de alvo, descrição dos métodos e equipamentos utilizados, resultados documentados da avaliação de riscos, recomendações de manejo para mitigação de riscos, indicações de avaliações adicionais, indicação de periodicidade de inspeção, considerando a realização do serviço de manejo arbóreo recomendado.


Caso tenha sido feito cálculo estrutural ou estatístico, o mesmo deve constar no relatório.


Quer saber mais? Entre em contato pelas opções abaixo.

 

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